Algo diferente

By sons_and_songs

Nesses nossos tempos de modernidade, com linguagens totalmente personificadas, gírias em cima de gírias e abreviações das palavras. Legal, temos que acompanhar a evolução.

Mas tem os casos restritos. Alguns com sua linguagem rebuscada e que chamam a atenção, evidentemente. E tem os casos mais populares, no caso, a linguagem sertaneja (essa a verdadeira), com seus poetas e pensadores.

Vamos conhecer um cara que tem essa facilidade de se expressar como um verdadeiro representante da classe sertaneja e cabocla. Sertanejo por que vem diretamente do sertão nordestino e cabocla, que se oriunda dos ribeirinhos do centro ao norte do país.

Eugênio Avelino, popularmente conhecido como Xangai (Itapebi, Bahia, 20 de março de 1948) é um cantor, compositor e violeiro brasileiro. Muitas pessoas acreditam que ele nasceu na cidade de Vitória da Conquista, porém foi na zona rural da cidade de Itapebi, as margens do Rio Jequitinhonha no extremo sul da Bahia que veio ao mundo Eugênio Avelino.

Filho e neto de violeiros, ainda menino fixou-se com os seus pais na cidade de Nanuque, no norte de Minas Gerais. Xangai é descendente direto do bandeirante João Gonçalves da Costa.
Seu pai era proprietario de uma sorveteria chamada Xangai, dai se originando o seu apelido e atual nome artistico.
No ano de 1976, gravou o seu primeiro disco, “Acontecimento”, com destaque para as musicas Asa Branca, Forró de Surubim e Esta Mata Serenou.

"Xangai, um cantor, um artista, um menestrel, um dos maiores poucos gatos pingados e tresloucados sonhadores-de-mãos-sangrentas-contrapontas-afiadas inimigas. Remanescentes que teima guardar a moribunda alma desta terra. Que também vai se atropelando contra a multidão de astros constelados que fulgurantes espargem luz negra dos céus dos que buscam a luz. Lá vai ele recalcitrante e contumás cavaleiro, perdulário da bem querência que deixa a índole dissoluta de um pobre povo que habita o espaço rico de uma pátria que ainda não nasceu(...)"

Casa dos Carneiros, minguante de maio de 1991
Elomar Figueira de Melo

Indico essa pérola do trava língua cantada por esse mestre:




Grande abraço,

Daniel João




 

1 comment so far.

  1. Lucas 23 de fevereiro de 2011 às 17:27
    Parabéns pelo artigo. Realmente Xangai merece nossa atenção por valorizar muito a nossa cultura e a nossa linguagem Um belo e completo artista!!

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